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Intercâmbio na África do Sul e em Moçambique oportuniza experiência para a vida

Por: João Luiz Bariviera joao.bariviera@unoesc.edu.br
27 de Junho de 2016

O egresso do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Unoesc Videira​,​ Henrique Mioteli​, realizou intercâmbio na África do Sul e Moçambique, no segundo semestre de 2015, onde também participou de ações voluntárias na cidade Maputo ​.



​Durante alguns dias​,​ ele  conheceu a realidade social e ambiental dos dois países. Ele conta que durante o intercâmbio pôde viver os dois extremos da desigualdade​. Na cidade de Maputo existem sérios problemas ambientais com esgoto a céu aberto, de ​falta de ​qualidade de água​, e de resíduos sólidos espalhados por toda a cidade​,​ sem qualquer possibilidade de recolhimento. Já na cidade do Cabo​,​ extremo-oeste da África do Sul, a realidade é completamente o oposto. Altíssima tecnologia nas áreas ambientais, projetos futurísticos no manejo de águas residuais e tratamento de efluentes domésticos e industriais​ impressionantes. 



Henrique Mioteli também visitou as instalações da Universidade Eduardo Mondlane​ e, juntamente com o grupo de estudantes que participava do interc​â​mbio, foi recebido pelo ​d​iretor geral da Faculdade de Engenharia, professor Alberto Tsamba. Ao agradecer a visita​, o diretor​ parabenizou a Unoesc Videira pela parceria, reiterando a vontade de ir até este município, acompanhado por professor​es​ e estudante​s​ de seu pa​í​s​, a fim de conhecer a realidade da região e o trabalho que a Unoesc desenvolve.



Na Universidade de Mondlane, ​Henrique conheceu os laboratórios e equipamentos e p​ô​de ainda​ tirar dúvidas em conversas com os técnicos para identificar possíveis interações entre as duas instituições de ensino, ​sendo que visualizou várias oportunidades na área da Engenharia de Alimentos e Biotecnologia.



Na cidade de Maputo, Henrique, juntamente com outros estudantes da Unoesc, realizaram ações voluntárias, angariando fundos para ajudar crianças e famílias carentes​, e trabalharam na reforma da casa da família Ponza​,​ residente​ na comunidade de Maxaquene​, a qual enfrenta problemas sociais de toda a ordem.



Henrique conta que no primeiro dia em que o grupo foi auxiliar na construção da casa, Antônio Ponza, o chefe da família, pegou na mão dos voluntários e, com os olhos marejados, disse que não sabia como agradecer.



—  Isso recompensa todo e qualquer esforço. Ver uma pessoa que realmente precisa de ajuda te agradecendo e feliz é uma sensação indescritível —  ressalta o egresso, salientando que o intercâmbio tem proporcionado um conhecimento gigantesco e uma experiência para a vida.



Importância do intercâmbio



Segundo o coordenador do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, professor Andrei Goldbach, o intercâmbio é de fundamental importância. ​D​estaca que ​essas ações​ oportuniza​m​ ao educando a possibilidade de conhecer outras regiões do planeta, novos costumes, hábitos alimentares, experiência em aeroportos e passaportes, convívio social, novos amigos de diversos países e, principalmente, a oportunidade de estudar em diferentes universidades espalhadas pelo mundo.



— Todos os alunos que já realizaram mobilidade acadêmica voltam com outra visão de mundo, pois lá eles dependem muito de outras pessoas e ​constatam que o mundo ​é bem maior que a região onde vivem​os​, além de externalizar toda a sua experiência, fornecendo mais um aprendizado aos seus colegas​, bem como, trazendo novas tecnologias para a sala de aula —  reforça Andrei.


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