O acadêmico do curso de Agronomia da Unoesc São José do Cedro, Vinícius Garlet Durigon, realizou um intercâmbio de 45 dias no Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta), na Província de Mendoza, na Argentina. O estudante aproveitou as férias para adquirir novos conhecimentos e garante que a experiência foi enriquecedora.
— Quando conhecemos realidades diferentes, ampliamos nossos conhecimentos e podemos vivenciar experiências que nos levam aos extremos e nos tornam um profissional mais completo para o mercado de trabalho. Volto do intercâmbio convicto de que poderei oferecer mais aos agricultores, quando me formar engenheiro agrônomo — destaca o estudante da quinta fase.
O intercâmbio teve ênfase na Vitivinicultura (produção de uvas) e na Extensão Rural. Entretanto, o acadêmico também pôde observar melhoramentos genéticos na área de olericultura (produção de hortaliças) e fruticultura. Vinicius destaca que as culturas pesquisadas e melhoradas — como a do alho, açafrão, uvas e morangas — são pouco estudadas na região Extremo-oeste catarinense.
— Além disso, conheci muitas bodegas, renomadas no mundo, com grandes projeções e inovações em seus processos de elaboração de vinho. O processo de elaboração está recebendo muito investimento em tecnologia com o objetivo de obter vinhos mais finos e de maior qualidade — relata o estudante, acrescentando que, durante o período em que esteve no Inta, também se dedicou a área de solos.
Segundo Vinícius, o conhecimento adquirido no Inta poderá ser aplicado para melhorar a competitividade e o desenvolvimento rural sustentável no Brasil. O acadêmico ressalta que a agricultura argentina prioriza uma maior produção com menor agressão ao meio ambiente. Ele destaca que as técnicas adotadas pelos argentinos servem de exemplo.
— Os argentinos produzem um dos vinhos mais adorados mundialmente: o Malbec, praticamente em meio de um deserto. Ao conhecer a realidade argentina, pude ver o quanto o Brasil é rico em recursos naturais. Podemos ter mais eficiência no campo, obter maiores resultados e temos muitos pontos favoráveis para nos tornarmos a maior potência na agricultura — avalia o estudante.
Além de aprimorar os conhecimentos técnicos, o intercâmbio também foi uma oportunidade para Vinícius aperfeiçoar outro idioma e conhecer a cultura argentina. A coordenadora do curso, professora Claudia Klein, destaca ainda que a experiência é importante para o currículo do futuro engenheiro agrônomo.
— O intercâmbio desperta a autoconfiança e a iniciativa, além disso, a vivência no exterior é um diferencial no mercado de trabalho — frisa a professora.