A identificação de resistência às terapias Anti-Her2 em câncer de mama foi tema do trabalho de pós-doutorado desenvolvido no Instituto Universitário de Biologia Molecular e Celular de câncer (IBMCC), na Universidade de Salamanca, na Espanha, pela professora Dra. Claudriana Locatelli da Unoesc Videira. O trabalho contou com a orientação do Professor PhD. Atanasio Pandiella Alonso do (IBMCC), e com o apoio da Unoesc Videira e do programa Ciência sem Fronteiras do governo federal.
Claudriana conta que o Professor Pandiella e o IBMCC da Universidade de Salamanca na Espanha, são referência mundial em pesquisa sobre o câncer de mama. Após aceite pelo programa Ciência Sem Fronteiras a professora iniciou sua pesquisa na Espanha com tumor de mama resistente às terapias anti HER2 em busca de novos resultados, que possibilitem sobrevida maior aos pacientes, com melhor qualidade de vida.
Claudriana comenta que uma porcentagem significativa dos casos de câncer de mama são diagnosticados como HER2-positivo, associados com fenótipos de tumor mais agressivo. Com isso, há maior probabilidade de comprometimento dos linfonodos e aumento da resistência à terapia, apresentando uma taxa de sobrevida significativamente menor.
O câncer de mama metastático ainda permanece como um problema clínico não resolvido, visto que em estágios avançados e agressivos essas estratégias são caracterizadas por maus resultados, falta de especificidade e resistência ao tratamento.
— Procuramos com a pesquisa verificar a resistência do câncer contra essas terapias mais recentes, e com isso desenvolver estratégias de tratamento mais eficientes para os pacientes de câncer de mama HER2-positivos, um dos mais agressivos — afirmou.
NOVAS PESQUISAS
A pós-doutora Claudriana Locatelli explica que a realização desse trabalho na Espanha não está finalizado e, agora, pretende dar continuidade às pesquisas aqui no Brasil, mas com o suporte da Universidade de Salamanca. Isso possibilitará o conhecimento de novas técnicas, as quais poderão contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas por parte da Unoesc, favorecendo a região meio oeste de Santa Catarina, através da orientação de alunos de mestrado. Posteriormente, esses estudos também poderão ser empregados na Unoesc, capacitando mestrandos na área, além de abrir portas para realizar parte de seus experimentos na Universidade de Salamanca através de cooperação técnica.
— Minha principal motivação em realizar o pós-doutoramento através do Programa Ciência sem Fronteiras foi a possibilidade de conhecer novos processos associados aos mecanismos de resistência à ação antitumoral, os quais não foram possíveis de ser explorados durante a realização do doutorado. Além disso, há a necessidade pessoal e profissional de atualização nesta área, visto hoje estar ligada ao programa de pós-graduação na modalidade de mestrado do Programa de Ciência e Biotecnologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc, no qual atuo como orientadora — finalizou.