A diplomada do curso de Agronomia da Unoesc Maravilha, Cheila Biazussi, cursará, neste ano, o mestrado em Ciências Internacionais em Horticultura na Universidade de Bologna na Itália.
As experiências internacionais fazem parte do currículo da agrônoma. Durante a graduação, Cheila realizou dois estágios nos Estados Unidos. O primeiro foi realizado, em 2016, no Estado norte-americano de Minessota, na empresa Bergen's Greenhouses. Durante nove meses, Cheila trabalhou com o cultivo protegido de flores e olerícolas. Ela teve a oportunidade de participar de todo o processo de produção, bem como a organização desse mercado. O estágio iniciou em janeiro, quando a temperatura média da região variava entre 10 e 35 graus abaixo de zero. Como o cultivo era protegido, a temperatura era controlada conforme a fase da planta, ficando em torno de 20 graus positivos.
O segundo estágio internacional foi realizado, ano passado, nos Estados da Flórida, Indiana, Georgia e Carolina do Sul na empresa Glades Crop Care Inc. Dessa vez, a área escolhida foi a de Consultoria Agrícola. Cheila trabalhou na identificação de pragas e doenças; com análises de lavoura; análise dos danos causados por fatores ambientais nas plantas e confeccionou um relatório final com escalas e porcentagens de danos. O trabalho era supervisionado por especialistas e doutores em Entomologia, Biologia e Patologia.
— Comparei o sistema de consultoria que estava habituada no Brasil com um sistema totalmente diferente. O contato com os produtores permitiu entender como eles pensam, a forma como trabalham e gerenciam a propriedade — avalia a agrônoma.
Foi na Flórida, que o interesse em trabalhar com a horticultura aumentou ainda mais.
— Logo no início do estágio, tive certeza de que queria continuar trabalhando nessa área e comecei a pesquisar um mestrado que me proporcionasse mais oportunidades — comenta Cheila.
PESQUISAS
Cheila destaca que as oportunidades e incentivos que recebeu do curso de Agronomia para o desenvolvimento de projetos de pesquisas, em diferentes áreas, foram fundamentais para a sua trajetória acadêmica e profissional. A agrônoma conta que desenvolveu vários estudos em grupo, sendo que a pesquisa Rendimento do milho (Zea mays L.) inoculado com Azospirillum brasilense e fertilizado com nitrogênio mineral foi publicada na Revista Unoesc & Ciência e o estudo "Bacteriological Quality of Raw Milk: A Problem Concerning Many Farmers" (Qualidade bacteriológica do leite cru: um problema que preocupa muitos agricultores), publicado na revista Food and Public Health.
— Outro ponto importante foi a disponibilidade e interesse dos professores em explicar como funciona o mercado de trabalho e as áreas que o agrônomo pode atuar, além do incentivo para aprender um novo idioma — acrescenta a agrônoma, salientando que a imersão em uma realidade cultural diferente proporciona um crescimento pessoal imensurável.
Segundo o coordenador do curso, doutor Alceu Cericato, as experiências internacionais permitem ao acadêmico vivenciar experiências profissionais indispensáveis para o desenvolvimento de sua carreira. Ele salienta que, os jovens que são obrigados a sair de sua zona de conforto, aprimoram a fluência de um segundo idioma e vivenciam uma cultura diferente.
— Além disso, entram em contato com novas tecnologias que ainda são escassas em nosso País e melhoram a empregabilidade, pois o intercâmbio é muito valorizado pelas empresas — conclui o professor.