As acadêmicas de Psicologia da Unoesc São Miguel do Oeste, Jozieli Thedesco e Alessandra Hentges, socializaram com os seus colegas de turma conhecimentos e experiências adquiridos no intercâmbio na Colômbia. A atividade foi realizada durante a aula de Tanatologia e Cuidados Paliativos. Segundo a professora Verena Augustin Hoch, os acadêmicos estão estudando o significado da morte em diferentes culturas.
— Eles conseguiram, de forma bastante interativa, trocar experiências, conhecer aspectos de uma cultura diferente, fazer comparativos e avançar em nossas reflexões realizadas durante as aulas. Foi uma noite interessante, pois contribuiu para a aprendizagem e possibilitou uma discussão coletiva — ressalta a professora.
A aula também contou com a participação da acadêmica de Comunicação Social e Periodismo da Colômbia, Karen Cifuentes.
— O tema inicial era 'Como lidamos com as perdas', mas a troca foi tão intensa, que foram abordados outros assuntos — observa a acadêmica Jozieli Thedesco.
Para a acadêmica Alessandra Hentges, foi um momento de compartilhar experiências e conhecimentos.
— As pessoas com quem mantenho contato no Brasil demonstram muita curiosidade em saber como está sendo a minha experiência. É sempre muito gratificante falar sobre o intercâmbio. Durante a aula, tivemos um diálogo muito rico em conhecimento — avalia Alessandra.
VIVÊNCIAS DO INTERCÂMBIO
Jozieli Thedesco e Alessandra Hentges embarcaram para a Colômbia no dia 30 de dezembro de 2020. Elas estão morando na cidade de Ibagué com uma família acolhedora colombiana. As acadêmicas contam que Ibagué é conhecida como a cidade musical da Colômbia, devido à sua tradição, seu conservatório de música e suas festas tradicionais.
As acadêmicas participaram do projeto Voluntário Global da AIESEC. Elas relatam que desenvolveram atividades com crianças, mulheres e idosos em cinco comunidades de Ibagué. Durante as atividades, trabalharam com os colombianos o autoconhecimento, a autonomia, a autoestima e a importância do trabalho em equipe. Além disso, levaram a cultura brasileira para as comunidades.
Jozieli destaca que a experiência adquirida é importante para a vida pessoal e profissional.
— O contato com o desconhecido, com o diferente foi essencial para compreender o quão dinâmico é o ser humano. Voltarei para o Brasil com a mente mais aberta e com uma compreensão maior de que não existe maneira errada de viver, mas sim 'maneiras e modos' de vida diferentes — ressalta a futura psicóloga.
Alessandra diz que sair da zona de conforto não é uma tarefa fácil, mas necessária.
— Embarcar em um novo desafio traz sensações inexplicáveis e são essas sensações que fazem tudo valer a pena. Com o intercâmbio, percebi o quanto o mundo é grande e o quanto eu posso desfrutar das oportunidades. Tive que aprender uma nova língua, conhecer outra cultura e a conviver com pessoas com um estilo de vida diferente. Com esses aprendizados diários, fui criando mais autonomia e me descobrindo a todo momento — conclui a acadêmica, acrescentando que retornará ao Brasil com uma bagagem de vivências e experiências.
A coordenadora do curso de Psicologia, professora Lisandra Antunes de Oliveira, destaca a importância do intercâmbio.
— A importância está em conhecer e se desafiar em uma cultura desconhecida; aprender o trabalho interdisciplinar; reencontrar-se, pois as acadêmicas ficam muito tempo longe das famílias e amigos, tendo assim um tempo de introspecção para pensar em si; desafiar-se para serem acolhidas em outro país, além de conhecer como é o desenvolvimento da Psicologia em outro país — conclui a coordenadora.
*Texto: Karine Bender