Intercâmbio Unoesc › Notícias

Capes promove seminários de acompanhamento da pós-graduação brasileira

Por: Dhébora Santiago dhebora.santiago@unoesc.edu.br
10 de Agosto de 2015

Nesta última quinta-feira (6), teve início mais uma rodada dos Seminários de Acompanhamento de Meio Termo do Sistema Nacional de Pós-Graduação, no edifício-sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília. Estiveram reunidos os coordenadores das áreas de Biodiversidade, Nutrição, Planejamento Urbano, Ciência de Alimentos, Medicina I, Medicina II, Arquitetura e Urbanismo.



O encontro tem como finalidade obter uma "fotografia" de cada área de avaliação, com base no período de 2013 a 2014, além de orientar os programas de pós-graduação para o biênio 2015-2016, completando, dessa forma, o período de avaliação de quatro anos. Os seminários pretendem assim proporcionar articulação e interação dos coordenadores da pós-graduação brasileira.



Presente na cerimônia de abertura, o presidente da Capes, Carlos Nobre, definiu como essencial o trabalho realizado pelos coordenadores de área.



— São poucos países do mundo que avaliam a pós-graduação como um todo, assim como fazemos no Brasil. O sistema da Capes é realmente único na maneira como evolui e se desenvolveu por reunir a contínua avaliação com o fomento. Esse diferencial explica o sucesso da expansão da pós-graduação, claramente demonstrado por meio de qualquer indicador: numericamente, tematicamente, geograficamente — destacou.



Para o presidente da Capes, contudo, ainda existem desafios que o sistema deve enfrentar, entre eles a interação e o estímulo à qualidade do ensino básico.



— Melhorar sistemas educacionais e de pesquisa exigem políticas de longo prazo. Não há desenvolvimento pleno sem universalização e qualidade da educação básica. Por isso, a Capes tem assumido a tarefa significativa de criar pontes entre a qualidade e a excelência atingida pela pós-graduação com a melhoria da formação de professores e instrumentos pedagógicos da educação básica — ressaltou.



Outro ponto que deve ser buscado pelo Sistema Nacional de Pós-Graduação, abordado por Nobre, é a constante internacionalização.



— A ciência moderna do século 21 é feita em cooperação internacional. Devemos buscar isso primeiro com nossos vizinhos e depois com o mundo todo — explicou.



Carlos Nobre celebrou a presença e o trabalho conjunto com os coordenadores.



— A Capes tem uma tradição muito democrática, que permite que as áreas determinem suas métricas. Poucos países tem uma comunidade científica que participa tanto da avaliação e da construção das políticas de pós-graduação. O sucesso da Avaliação da Capes e da pós-graduação brasileira depende desse trabalho voluntário de alto nível da comunidade acadêmica — concluiu.



Crescimento



O diretor de Avaliação da Capes, Arlindo Philippi Jr, destacou os objetivos do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), que estabelece metas de crescimento para área até 2020, como número de titulações, diminuição de assimetrias regionais e aumento da produção científica e respectivo impacto.



— A avaliação que a comunidade cientifica faz da pós-graduação brasileira é provavelmente o principal elemento responsável por alçar a produção do país a patamares internacionais, à 13ª posição no ranking da produção científica mundial — afirmou.



Os resultados positivos são, de acordo com o diretor, baseados nos fundamentos da avaliação realizada pela Capes.



— O processo todo é baseado no reconhecimento e confiabilidade na qualidade assegurada da análise dos pares acadêmicos. Além disso, os critérios são periodicamente estabelecidos e revisados pela própria comunidade cientifica — enfatizou.



Os Seminários de Acompanhamento embasarão a Avaliação Quadrienal, que será realizada em 2017. A periodicidade quadrienal, decidida pelo Conselho Superior da Capes, teve por base discussões realizadas pela comunidade acadêmica, representada pela Diretoria de Avaliação (DAV) da Capes, a Comissão Especial de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) e o Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP).



Após as discussões, cada área produzirá um relatório que representará a situação atual de sua área de avaliação nos anos de 2013 e 2014.



 



* Texto publicado pela Assessoria de Imprensa da Capes


Comentários