O professor do mestrado em Biociências e Saúde e do curso de Educação Física da Unoesc Joaçaba, Rudy José Nodari Junior, esteve na Europa entre maio e julho, para realizar o seu pós-doutorado na Universidade Católica de Murcia (UCAM), na Espanha, além de ministrar aulas e palestras em mais de cinco universidades diferentes. Essa experiência proporcionou ao docente o convite para ser professor titular em três mestrados distintos na Itália.
Durante o pós-doutorado, que foi realizado com o professor tutor Pablo Jorge Marcos Pardo, foram realizadas 228 coletas de dados para a pesquisa em dermatoglifia. Trata-se de um método científico que estuda as impressões digitais enquanto marca genética e de desenvolvimento embrionário, e que possibilita identificar as potencialidades de cada indivíduo para a orientação de habilidades esportivas, prática de exercícios e promoção da saúde.
As coletas envolveram atletas do taekwondo e karatê, do Centro de Treinamento Olímpico de Valência, na Espanha, e permitiram estudar os índices glicêmicos e a dermatoglifia, voltados para a velocidade metabólica, nível de colesterol, acúmulo de glicerídeos e diabetes tipo 2. Além desses atletas, foi possível coletar dados de indivíduos comuns espanhóis para observar se existe, do ponto de vista dermatoglífico, alguma associação, correlação ou relação entre os espanhóis e os moradores do Brasil. Se não houver diferença significativa, as pesquisas realizadas na Unoesc poderão ser aplicadas naquele país e o contrário também.
— Vamos criar dois laboratórios que trabalharão em conjunto, mas cada um em sua área, e as descobertas que forem acontecendo poderão ou não ser aplicadas de forma bilateral. Esse é o ponto principal desse pós-doutorado, pois proporciona a ampliação de forma significativa das pesquisas em dermatoglifia — conta.
Outras oportunidades que não estavam programadas, acabaram surgindo. O professor ministrou uma palestra em Atenas, na Grécia, para um grupo de neurocientistas, e recebeu o convite de três mestrados diferentes na Itália para ser professor titular nas aulas do ano que vem.
— Isso não estava nos planos, muito menos nos melhores dos meus sonhos. A nossa produção é muito singela, mas os cientistas ficaram impressionados com o trabalho da nossa universidade — relata.
Para o coordenador do mestrado em Biociências e Saúde da Unoesc, professor Jovani Antônio Steffani, as ações executadas pelo professor Rudy denotam o compromisso do programa de mestrado com a qualidade do curso. Além de atender a um requisito fundamental de avaliação da Capes, a experiência mostra também a capacidade institucional de se firmar enquanto produtora de conhecimento, por meio das atividades de pesquisa e extensão.
— A capacidade de internacionalização do mestrado viabiliza a globalização do conhecimento, abre canais de comunicação entre instituições, pesquisadores e alunos, propicia o intercâmbio e qualifica os projetos de pesquisa desenvolvidos — explica.