Destino dos acadêmicos da Unoesc é a empresa pública portuguesa Lógica, desenvolvedora de pesquisas sobre de energia fotovoltaica
Nesta semana, dois estudantes do Curso de Engenharia Elétrica da Unoesc Campus de Joaçaba estão viajando para Portugal, onde vão desenvolver um estágio curricular não obrigatório em um parque tecnológico voltado à pesquisa e certificação de placas fotovoltaicas, equipamentos utilizados na conversão de energia solar em energia elétrica. Trata-se da empresa pública portuguesa Lógica, gestora do Parque Tecnológico de Moura, que é uma referência em estudos voltados a essa área.
O estágio iniciará na próxima segunda-feira, 2 de julho, e terá duração de dois meses. Isabela Cristina Petrazzini, da 6ª fase, vai trabalhar em estudos voltados à eletroluminescência, isto é, à capacidade dos módulos que compõem as placas solares. Já Giliard Paganini, também da 6ª fase de Engenharia Elétrica, desenvolverá seu estágio no setor de certificação de placas, atividade realizada pela Lógica para empresas de todo o mundo.
Os dois serão supervisionados por Nuno Pereira, responsável técnico pelo Parque Tecnológico de Moura.
O contato da Unoesc com a Lógica iniciou por meio da Fundação Científica e Tecnológica em Energias Renováveis (FCTER), entidade que reúne instituições de ensino e de pesquisa, órgãos governamentais, iniciativa privada, associações e entidades de classe.
Em agosto, mais dois estudantes do Campus de Xanxerê realizarão estágios no instituto português, porém se tratará do estágio curricular obrigatório do Curso de Engenharia Bioenergética. Os estudantes são Patrick Cenci Pagliari e Joiris Manoela Dachery, que em agosto estarão cursando a 9º fase.
Expectativa
A expectativa pelo estágio que os dois estudantes do Campus de Joaçaba realizarão é grande, tanto por parte deles, quanto por parte da Universidade.
– Espero algo de muito novo. Não conhecemos muito dessa tecnologia, que ainda tem muito a crescer – diz Giliard, afirmando ainda que após seu retorno pretende se aproximar mais da Universidade e de empresas privadas a fim de desenvolver projetos na área de energia solar.
Isabela acrescenta que também pretende abrir portas para a realização do estágio curricular obrigatório do Curso na mesma empresa e, ainda, ter crescimento pessoal a partir da experiência de passar um tempo fora do País.
A professora Kaline Zeni, responsável pela Mobilidade Acadêmica na Unoesc, e o coordenador do Curso de Engenharia Elétrica da Unoesc, professor Carlos Eduardo Pupin, lembram também das portas que esse estágio poderá abrir para os dois estudantes em termos de empregabilidade.
– Lá, eles vão trabalhar numa área ainda pouco explorada no Brasil, que é a certificação de células fotovoltaicas – diz o coordenador do Curso de Engenharia Elétrica. Ele acrescenta que os dois estudantes voltarão com o estágio com conhecimento das normas técnicas europeias de certificação desses equipamentos, trazendo para o País um conhecimento mais aplicado dessa área, além de ter uma experiência pessoal importante, que é a vivência em outra cultura.
A professora Kaline lembra ainda que a própria FCTER tem planos de implantar um laboratório de certificação de painéis fotovoltaicos em Chapecó, por meio de uma parceria com a Lógica, e que esse laboratório deverá ser o primeiro do País a fazer a certificação.