Ana Maria Oneda Mello tem 24 anos, é jornalista e mora há quase dois anos no Chile. Formou-se no final de 2013, na Unoesc Joaçaba, em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo.
Sua carreira profissional começou cedo, ainda na graduação, e atualmente ultrapassou as fronteiras do Brasil e seguiu até o Chile.
O intercâmbio, realizado em 2011, despertou a vontade de morar fora do país e mostrou que era possível sair da zona de conforto. Nesta entrevista, Ana relata as experiências que teve na área da comunicação e comenta sobre a vida em outro país.
Quando se iniciou a sua trajetória profissional?
A minha primeira experiência profissional foi em 2010 como auxiliar na Assessoria de Imprensa da Rota da Amizade Convention & Visitors Bureau, em Joaçaba. Depois, fiz intercâmbio no Chile em 2011 e estudei na Universidad del Pacifico por um semestre, onde realizei pequenos trabalhos de imprensa e alimentava um blog pessoal sobre viagem, chamado Do outro lado da Cordilheira, que agora está inativo. De volta ao Brasil, atuei por pouco tempo como ajudante no portal on-line Bom Dia SC, em Joaçaba. Já em 2012 comecei a trabalhar como jornalista no Jornal Estrada, onde auxiliava a definir e produzir as pautas. Trabalhei nesta empresa por dois anos e meio até 2014, quando viajei para o Chile novamente. Aqui, faço trabalhos como freelancer de traduções, pequenos trabalhos de fotografia e produção de matérias. Para 2016, planejo a criação de um blog sobre a viagem que realizarei por parte da América Latina até voltar ao Brasil.
Por que você escolheu a Universidad del Pacifico para intercâmbio durante a graduação?
Eu fiz intercâmbio no primeiro semestre de 2011, quando os acordos entre universidades ainda estavam amadurecendo. Na época era a única instituição que o curso tinha convênio. Resolvi pesquisar sobre a universidade, sobre a capital do Chile, Santiago, e sobre o país no geral. Também conversei com alunos que haviam feito o mesmo intercâmbio antes e compreendi que seria uma experiência única.
Você sempre quis morar fora do país?
A vontade de morar fora do país nasceu justamente com o intercâmbio, quando percebi que não era impossível sair da zona de conforto. Pelo contrário, era uma sensação incrível de descobertas e surpresas. Depois que fiz essa viagem, a primeira para o exterior, não parei mais.
Antes de se mudar para o Chile você já falava espanhol de forma fluente? Como você se aperfeiçoou no idioma?
Antes mesmo de fazer intercâmbio eu só sabia falar ‘Hola, que tal? Mi nombre es Ana’. Então, para me preparar, fiz um curso intensivo de dois meses e viajei mais tranquila. Durante o intercâmbio aperfeiçoei o idioma e agora, que moro no Chile, já falo até as gírias e sei contar piadas engraçadas, algo que é muito difícil em outro idioma.
Quais foram as suas maiores dificuldades no período de adaptação no Chile? Quais as principais diferenças em relação ao Brasil?
A maior dificuldade tem sido me estabilizar e sentir que aqui é meu chão. Cheguei sozinha, longe da família e dos melhores amigos. Quando bate a saudade é o pior momento. Entre as principais diferenças está o idioma. No começo é mais difícil, mas, agora, já falo com facilidade. Outra diferença é a alimentação, pois pratos típicos do Brasil, feijoada e polenta, por exemplo, não são encontrados por aqui. O clima é parecido com o nosso, do Sul do Brasil, portanto não foi difícil para me acostumar. Algumas regras sociais daqui são diferentes, mas no fim é possível se adaptar e seguir o ritmo.
Pretende voltar para o Brasil?
Vou para o Brasil em fevereiro de 2016, passarei o verão por aí, quero também viajar pelo meu país que é tão grande e eu conheço muito pouco. Se volto a morar, provavelmente sim, mas agora não. Tento aproveitar o melhor do Chile e quem sabe seguir descobrindo o mundo nos próximos anos.